sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Saiba reconhecer os sintomas do Acidente Vascular Encefálico (AVE)



      De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada seis segundos, independentemente da idade ou sexo, alguém em algum lugar morre de AVE. São mais de 7 milhões de óbitos todos os anos no mundo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, esse número é de aproximadamente 100 mil/ano, sendo a primeira causa de morte e incapacidade, com enorme impacto econômico e social.




1. Peça a pessoa para sorrir e verifique se ela está com a boca torta;
2. Peça um abraço e veja se ela está sem forças para elevar os braços;
3. Peça para que repita uma frase de música e verifique se ela fala com dificuldade; 
4. Se as três situações se confirmarem ligue imediatamente para o serviço de urgência.










Aja rápido. Tempo perdido é cérebro perdido.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

PRÊMIO TOPBLOG BRASIL 2012


Começaram as votações do TOPBLOG BRASIL 2012, e conto com o seu apoio e seu voto para o Blog FISIOTERAPIA: A Vida em Movimento.
Este prêmio será muito importante para o reconhecimento do blog, que tem como objetivo mostrar a todos a importância da fisioterapia para a saúde do corpo humano.
Veja como é fácil votar:






Ao abrir o site do TopBlog Brasil 2012 você escolhe como votar.



1- Email
2- Facebook
3- Twitter





Atenção: Você pode votar 1 vez por email, 1 vez por facebook e 1 vez por twitter




Obrigada e saúde a todos!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A velhice não é um fardo e sim uma dádiva


 
Você vai querer ser Velho ou Idoso ? 

Veja e sinta a diferença e escolha , ainda há tempo .
Idoso é quem tem privilégio de viver a longa vida...
Velho é quem perdeu a jovialidade.
A idade causa a degeneração das células...
A velhice causa a degeneração do espírito.
Você é idoso quando sonha...
Você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende...
Você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando se exercita...
Você é velho quando somente descansa.
Você é idoso quando tem planos...
Você é velho quando só tem saudades.
Você é idoso quando curte o que lhe resta da vida...
Você é velho quando sofre o que o aproxima da morte.
Você é idoso quando indaga se vale a pena...
Você é velho quando, sem pensar, responde que não.
Você é idoso quando ainda sente amor...
Você é velho quando não sente mais do que ciúmes e possessividade.
Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa...
Para o velho a vida se acaba a cada noite que termina.
Para o idoso o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida...
Para o velho todos os dias parecem o último da longa jornada.
Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs...
Para o velho o calendário só tem ontens.
Enquanto o idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e a preenche de esperanças,
o velho vive horas que se arrastam, destituídas de sentido.
Enquanto o idoso tem os olhos postos no horizonte de onde o sol desponta,
o velho tem a sua miopia voltada para as sombras do passado.
Enquanto as rugas do idoso são bonitas porque foram sulcadas pelo sorriso e pela alegria de viver,
as rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Enquanto o rosto do idoso se ilumina de esperança,
o rosto do velho se apaga de desânimo.
Idoso ou velho podem ter a mesma idade cronológica, mas têm idades diferentes no coração!
O idoso se renova a cada dia que começa, o velho se acaba a cada noite que termina.
O idoso tem planos, o velho tem saudades.
O idoso curte o que lhe resta da vida, o velho sofre o que o aproxima da morte. 

(Jorge R. Nascimento)



  
     Atualmente os idosos representam boa parte da população brasileira, já que houve um aumento da sobrevida no país. E este aumento foi alcançado devido aos avanços da medicina moderna e a melhora na qualidade de vida.
   Esta nova fase do Brasil merece atenção principalmente dos profissionais da saúde, que de forma interdisciplinar devem estar suficientemente capacitados para atender melhor as necessidades de nossos idosos. 


Pesquisas mostram que em 2025 teremos no Brasil 64 milhões de idosos, e, em 2050, um em cada três brasileiros estará nesta faixa etária. 
      
   Vivemos em uma sociedade que tem medo de envelhecer, onde as pessoas fazem uso de cosméticos e se rendem a tecnologia para mascarar a idade. Chamar de "coroa" se tornou ofensivo. Encontrar um emprego acima dos 50 anos é um desafio. Se encaixar nos padrões de beleza ficou caro para as "cinquentonas". Enfim, os paradigmas que estão sendo estabelecidos nesta faixa etária impedem nossos idosos de viverem com mais expontaneidade esta etapa da vida.
  Devemos respeitar e admirar nossos idosos, permitindo que eles tenham uma vida tranquila e prazerosa no aconchego de seus lares. Não deixe alguém que já fez tanto por você, tenha carinho, paciência e compreensão com suas limitações e fragilidades.

  Devido ao aumento da expectativa de vida, atualmente a área de Geriatria e Gerontologia está sendo muito visada. A fisioterapia geriátrica busca a promoção, manutenção e recuperação da saúde do idoso. O fisioterapeuta  lhe garante uma melhor qualidade de vida, minimizando os efeitos das alterações biológicas causadas pelo processo de envelhecimento.
Aprenda a enxergar o idoso como alguém sábio, que aprendeu muito e pode lhe ensinar o dobro. Alguém repleto de conhecimento e experiência, que amou, sofreu, lutou e venceu, afinal de contas, a velhice é uma dádiva, todos queremos vivê-la um dia!

     Assista ao vídeo " Envelhecendo em um minuto " 

Grande abraço!
Saúde e muitos anos de vida a todos‼
 



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cuidado com a “laptite”







Postura errada na hora de usar laptop e tablet pode causar diversos danos 

  

    Os laptops e tablets invadiram as casas, escolas e ambientes de trabalho. Mas à medida em que seu uso vem sendo popularizado, cresce também a preocupação dos médicos com a sua utilização. A postura errada na hora de usar os computadores de mão pode trazer diversos problemas sérios. O transtorno ganhou até um nome: a “laptite”. Da família da tendinite e da bursite, a laptite é caracterizada por inflamação nas articulações e desconforto muscular. Para o ortopedista cooperado da Unimed Resende, Braz Schettino, a altura da tela, a posição do teclado e o tipo de mouse desses equipamentos contribuem para o problema. 

   “A tela do notebook colocado sobre a mesa raramente estará posicionada em uma altura adequada em relação à cabeça e à posição dos olhos do usuário. Este fenômeno ainda se agrava quando o computador é usado no colo ou em cima da cama”, constatou o médico. “Outra questão importante é a posição do teclado no notebook que dificulta o apoio correto dos antebraços e punhos no ato da digitação”, comentou ele, lembrando que o mouse tipo touchpad apresenta uma péssima configuração ergonômica. 

   O resultado disso é a sensação de desconforto que pode surgir na região cervical, ombros, cotovelos, punhos e mãos. “Esse desconforto pode evoluir para uma condição clínica patológica, muitas vezes demandando um tratamento longo e multidisciplinar com ortopedista, neurocirurgião, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, por exemplo”, completou.
   Como forma de prevenir as “laptites”, o ortopedista recomenda realizar pequenas pausas em intervalos de 45 minutos para alongar as articulações e caminhar. Se o notebook for substituir o computador residencial, é recomendável acoplar um monitor tradicional, usar suporte apropriado que eleve a altura da tela e utilizar teclados e mouses ergonômicos (podem ser conectados via entrada USB ou wireless) que permitam maior conforto no uso prolongado. 

 

Fonte: http: //www.unimed.com.br/pct/index.jsp?cd_canal=58759&cd_secao=58751&cd_materia=321283


quarta-feira, 21 de março de 2012

21 de Março: " Dia Internacional da Síndrome de Down "



      
   
      Diversas ações educativas são realizadas em todo o Brasil nesta quarta-feira (21), em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21. Atualmente, a data ganha boa notícia – com os avanços da medicina, a expectativa de vida dos portadores da modificação genética subiu de cerca de 15 anos, em 1947, para 70. Os dados são da Santa Casa de São Paulo.
      No Congresso, o tema será abordado durante todo o dia. Segundo dados do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casos no país supera os 300 mil. A Síndrome de Down pode atingir um entre 800 ou 1000 recém-nascidos. A variação deve-se ao fato de a incidência do distúrbio aumentar em filhos de mulheres mais velhas.
     Segundo Juan Llerena, médico geneticista do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 60% dos casos ocorrem em mães com mais de 35 anos. “Em jovens, a probabilidade é de um bebê com down para cada 1752 partos. Aos 40, o risco sobe de um para 80”, exemplifica o médico.
       O transtorno pode ser detectado já nos exames pré-natais e confirmado através de avaliações laboratoriais após o parto. Estes procedimentos indicam ainda a severidade do distúrbio e a possibilidade de o casal ter outra criança com a síndrome.



Características

      Indivíduos com Síndrome de Down podem apresentar algumas ou todas as características ligadas ao distúrbio. Entre elas estão o comprometimento intelectual, dificuldades motoras e na articulação da fala, rosto arredondado, mãos e orelhas pequenas, além de olhos semelhantes aos de orientais. Também estão mais suscetíveis a determinadas doenças. “Cerca de 40% tem doenças cardíacas estruturais, um índice muito maior do que o registrado na população em geral. Também são muito comuns os problemas na glândula da tireóide em mulheres com down", aponta Llerena.
      A sexualidade dos portadores do distúrbio não é muito diferente da dos que não a possuem. “A puberdade começa na mesma época que outros pré-adolescentes, o que muda é a probabilidade dos óvulos, por exemplo, amadurecerem”, explica. 



Desenvolvimento

    As crianças com síndrome de down devem ser submetidas a uma terapia que envolve profissionais de diversas disciplinas - fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia- para superar as dificuldades impostas pelo distúrbio. Quanto à educação, até a fase de alfabetização, deve ser como a de qualquer outra pessoa.
     Embora não tenha cura, o avanço na medicina permitiu um grande aumento na expectativa de vida. De 15 anos, em 1947, subiu para 50, em 1989. Hoje, há pessoas que viveram até os 70 anos com o transtorno.



Fisioterapia

 


     O desenvolvimento motor é caracterizado pelas transformações do desenvolvimento humano ao longo da vida, bem como é influenciado por fatores genéticos e ambientais; é um processo de mudanças complexas e interligadas das quais participam todos os aspectos de crescimento e amadurecimento do organismo. Este desenvolvimento apresenta rápidas mudanças nos primeiros vinte e quatro meses após o nascimento, repercutindo na vida da pessoa sob aspectos sociais, intelectuais e culturais.
   Cada criança apresenta seu próprio padrão de desenvolvimento motor, visto que suas características sofrem a influência constante das trocas que se passam entre ela e o ambiente.
      A brincadeira deve estar presente em qualquer atividade, pois é a partir dela, que a criança explora e internaliza conceitos, sempre aliada inicialmente à movimentação do corpo.
     A Fisioterapia favorece o desenvolvimento motor, através de estratégias que proporcionarão independência, autoconfiança e ampliação da relação da criança com síndrome de Down com o ambiente, auxiliando na promoção do desenvolvimento de habilidades nos aspectos motores, cognitivos e sociais (Fundação Síndrome de Down).




 
http://www.fsdown.org.br/site/documento_347_0__fisioterapia.html


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Volta às aulas: atenção ao peso da mochila escolar



Fisioterapeutas alertam que o excesso de peso na mochila de crianças e jovens pode desencadear desde sérios problemas nos ombros e na coluna até problemas de má formação, já que os pequenos estão em de fase crescimento.



     Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 85% das pessoas têm, tiveram ou terão um dia dores nas costas provocadas por problemas de coluna. As crianças e os adolescentes estão se tornando vítimas cada vez mais comuns destes problemas, sendo o excesso de peso das mochilas escolares suas principais causas. Para a Academia Americana de Pediatria as mochilas são as grandes vilãs em 60% dos casos de meninos e meninas com problemas nas costas e nos ombros. Este acessório indispensável na vida escolar dos estudantes, quando usado de maneira incorreta, pode trazer prejuízos a pequeno, médio e longo prazo. 
     Em virtude do grande número de adultos acometidos de doenças da coluna, os pesquisadores atentaram para o fato de que as possíveis causas de tais acometimentos apresentavam relação com a infância e adolescência (FERNANDES apud COTTALORDA et al, 2004).

    É importante que os pais fiquem atentos ao verificar o peso da mochila de seus filhos. O Ministério da Saúde recomenda que o peso da mochila escolar não ultrapasse 10% do peso da criança, ou seja, se ela pesa 30 quilos, não pode transportar mais de 3 quilos de material em sua mochila.

     Para a doutora Jacqueline Bertagna do Nascimento, coordenadora do Serviço de Fisioterapia e Reabilitação Postural do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral, “é importante entender a coluna como a viga mestra de uma delicada edificação – neste caso o corpo humano -, sustentando e promovendo o equilíbrio das vértebras, dos discos intervertebrais (os quais funcionam como amortecedores deste sistema), além de músculos e ligamentos”.

     A especialista ressalta que “todas estas estruturas podem ser diretamente afetadas pelo excesso de força exercida pelo peso exagerado das mochilas, que acaba empurrando o corpo para trás e, para compensar, automaticamente, os estudantes projetam os ombros para frente, comprometendo a coluna, o quadril e mesmo os ombros”.

    Como as crianças estão em fase de crescimento é imprescindível os cuidados com sua coluna vertebral. “Se o peso da mochila não for compatível com o peso da criança os problemas de postura, como escoliose e a hipercifose, podem trazer sérios danos funcionais e estéticos para o resto da vida”, afirma doutora Jacqueline.

    Além disso a fisioterapeuta afirma que, “se pais, professores e principalmente alunos forem conscientizados quanto ao uso correto das mochilas e quanto à manutenção de posturas ideais enquanto permanecem estudando nas salas de aulas, menores serão as chances de ocorrerem as alterações na coluna e mesmo as dores recorrentes.”


    Entre os problemas mais comuns causados pelo peso excessivo das mochilas escolares estão a hipercifose, a hiperlordose lombar e a escoliose. 
     Fisiologicamente a coluna vertebral possui curvaturas e uma delas é a cifose, localizada na região torácica. O aumento anormal desta curvatura, como é mostrado na figura abaixo, dá origem a hipercifose. 


O indivíduo afetado pela hipercifose é popularmente chamado de " corcunda ".




Já a hiperlordose é caracterizada pela acentuação da concavidade lombar, como é mostrado na figura.
    





A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C".



    Além dos prejuízos posturais, a autoestima do estudante também é afetada, seu corpo ganha uma nova postura e ele sente-se diferente do restante de seu grupo.




      A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia reconhece a importância que a mochila tem na saúde da criança e do estudante e, anualmente, promove campanhas educativas com orientações sobre as melhores opções de mochila. Além disso, é fundamental que os pais conheçam também orientações sobre a melhor maneira de usar a mochila e de organizar o material dentro dela. Veja abaixo o que você pode fazer para diminuir os danos causados pelas mochilas escolares na coluna do seu filho.


1 - Ao comprar a mochila, dê preferência por aquela com poucos compartimentos, isso evitará que o aluno carregue coisas desnecessárias;


2 - Organize a mochila de modo que os materiais mais pesados fiquem no centro e mais próximos das costas;


3 - Para evitar mais peso, leve a lancheira fora da mochila;


4 - Troque o caderno pesado de várias matérias por um para cada matéria e os leve somente no dia da aula;


5 - O ideal é que a mochila não ultrapasse 10% do valor do peso da criança, ou seja, se ela pesa 30 quilos não pode transportar mais de 3 quilos de material;


6 - As bolsas laterais não são indicadas, pois forçam apenas um lado e desequilibram a musculatura, recomenda-se as mochilas de duas alças;


7 - Distribua os materias de maneira que não fiquem soltos dentro da mochila, evitando assim movimentos de desequilíbrio;


8 - Verifique se todos os materiais carregados pelo estudante são necessários em sua atividade escolar;


9 - O fundo da mochila não deve ultrapassar 10 centímetros abaixo da cintura da criança;


10 - Ajuste as alças da mochila de maneira que elas fiquem do mesmo tamanho e justas, se adaptando as costas da criança. Uma mochila solta nas costas pode, por exemplo, fazer a criança curvar seus ombros para facilitar o equilíbrio da mochila sem apoio;


11 - A largura da mochila não pode ultrapassar o tamanho das costas da criança;


12 - As alças e a parte posterior da mochila que está em contato com a coluna vertebral devem ser alcochoadas;


13 - Dê preferência as mochilas com cinto abdominal que fornecem mais firmeza;


14 - Verifique na escola da criança se há armários onde possam ser guardados os materias escolares, para que não seja necessário levá-los e trazê-los todos os dias;


15 - As mochilas de rodinha são uma ótima opção, mas é preciso que a altura do puxador seja adaptada a altura da criança, para que sua coluna não fique curvada. E dê preferência as rodas grandes, que deslizam melhor e são mais fáceis de puxar.


16 - Se a criança inclina- se para frente ao caminhar isso indica que a mochila está pesada;


17 - Se o seu filho reclama constantemente de dores de cabeça, nos ombros e na coluna, procure imediatamente um especialista.









Fontes: FERNANDES, Susi Mary de Souza. Efeitos da Orientação Postural na Utilização de Mochilas Escolares em Estudantes do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Faculdade de Medicina da USP, São Paulo, 2007.

http://vidaequilibrio.com.br/mochila-adequada-evita-possiveis-traumas-a-saude-da-crianca

http://www.coffito.org.br/publicacoes/pub_view.asp?cod=1788&psecao=7











  


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A FORÇA DO PILATES



O método começa a ser indicado por médicos e ganha espaço dentro dos hospitais para auxiliar na recuperação de males como dor, câncer e doenças neurológicas.

 

Rachel Costa






     No mundo do fitness, a explosão de novas modalidades é uma constante. Mas, normalmente, com a mesma velocidade com que surgem, elas desaparecem após poucos meses. Quando resistem, tornam-se aqueles fenômenos que mudam a história da malhação e a maneira como enxergamos a atividade física. Foi assim com o surgimento da aeróbica, com a expansão da musculação e assim está sendo com o Pilates. Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método rapidamente caiu no gosto dos bailarinos, que o usavam como complemento ao treino. Mas foi só a partir da década de 90 que se popularizou, atraindo milhares de adeptos em todo o mundo e tornando-se a maior revolução do fitness dos últimos anos. Só nos Estados Unidos, primeiro país a receber um estúdio com aulas da modalidade (ministradas pelo próprio Pilates em Nova York), estima-se que cerca de dez milhões de pessoas o pratiquem. No Brasil, não há dados precisos, mas o crescimento pode ser observado pela grande quantidade de estúdios e de pessoas que se confessam fãs do Pilates. “A rápida percepção dos resultados incentiva cada vez mais gente a aderir à técnica”, analisa a fisioterapeuta Solaine Perini, presidente da Associação Brasileira de Pilates. “Isso faz dele o método de condicionamento físico que mais ganha adeptos no mundo.”
    As razões para se buscar o Pilates são as mais variadas. Há desde os desejosos de esculpir o corpo (inspirados por celebridades como a cantora Madonna, que credita parte de sua boa forma à técnica) até os interessados em exercícios capazes de ajudar na prevenção ou na recuperação de problemas como dores e lesões. Como anseios tão diferentes cabem dentro de um mesmo método? “Pilates se preocupou em criar uma técnica que trabalha a saúde como um todo”, considera Inelia Garcia, uma das primeiras instrutoras do método no Brasil e hoje dona de um império com mais de 47 estúdios e dez mil alunos espalhados por todo o País. “O corpo torna-se mais forte, flexível e resistente”, diz. “Na parte mental, os exercícios melhoram a concentração e a memória. E o trabalho com a respiração ajuda no controle das emoções”, completa.





Pilates: a história de seu criador


 "Segundo PILATES, os exercícios do seu método devem obedecer seis princípios: concentração, controle, centralização de força, fluidez, precisão e respiração"


    Joseph Hubertus Pilates nasceu em 1880 na Alemanha, perto de Dusseldorf, em uma pequena vila denominada Mönchengladbach, no seio de uma família de classe média. Na infância, sua saúde foi frágil, sofreu de asma, bronquite, raquitismo e febre reumática.
    Quando era adolescente, limpava o jardim de um vizinho que possuía uma biblioteca, em troca de desfrutar dela. Devido a uma saúde fraca na infância e à sede de conhecimentos, tornou-se autodidata aprofundando seus conhecimentos em anatomia, física, biologia, fisiologia e medicina tradicional chinesa. O Método teve influência desde o yoga, artes marciais ao estudo do movimento dos animais.
       Em 1912, aos 32 anos de idade, este jovem alemão ensinou seu corpo a executar movimentos de boxe, onde trabalhou como instrutor de defesa pessoal da polícia civil inglesa (Scotland Yard) e artista de circo.
    Pilates e seu irmão juntaram-se a uma companhia de circo que realizou uma turnê por Londres quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial (1914), foi recluso no campo de concentração de Lancaster, por ser considerado inimigo estrangeiro. Todos os componentes da trupe foram confinados em um campo de prisioneiros, com outros compatriotas na ilha de Man. Nesse período atuou como enfermeiro e desenvolveu exercícios para manter a si e aos companheiros saudáveis. Usou as camas hospitalares e outros artefatos (cintos, lastros e molas) para fortalecer enfermos que ainda permaneciam deitados nas camas, onde iniciou o desenvolvimento dos primeiros protótipos dos aparelhos hoje conhecidos.
    Em 1918 houve uma epidemia do vírus Influenza (gripe espanhola) dizimando milhares de ingleses e nenhum dos internos (enfermos) sob seu treinamento foram infectados. Anos depois, Pilates atribuiu a sobrevivência dos prisioneiros à epidemia a execução dos exercícios, beneficiando sua saúde, embora não existissem comprovações científicas na época.
   Finalizado a guerra, retornou à Alemanha, onde continuou a desenvolver seu método, em primeiro lugar chamou atenção dos membros do mundo da dança, Rudolf Von Laban, que incorporou princípios de Pilates à sua técnica corporal, por existir um "vazio" existente nas peças de teatro e dança, buscando movimentos mais espontâneos e conscientes. Também recorreram a ele atletas inclusive o campeão de boxe dos pesos pesados, Max Schmeling. Mas, quando foi convocado pelo governo Guilherme II (rei da Prússia) para treinar a força policial da cidade de Hamburgo,resolveu sair do país e escolheu imigrar para os Estados Unidos. 
     Em 1926, aos 46 anos, Pilates acompanhou o campeão mundial Schmeling a Nova York, com a promessa do representante do boxeador financiar uma academia naquela cidade. Na viagem de navio de Londres para Nova York, Pilates conheceu a enfermeira Clara e obtiveram afinidades por apresentar interesse pela saúde e como manter o corpo saudável, decidiram abrir um estúdio juntos e mais tarde acabaram se casando. Pilates e Clara abriram a academia na Oitava Avenida de Nova York, no mesmo prédio do New York City Ballet, velozmente atraiu a atenção de pessoas influentes na cidade, como Ruth St. Denis, Ted Shwn, Martha Graham (professora, bailarina e coreógrafa pioneira da dança moderna) e George Balanchine (fundador da School of American Ballet e diretor da Companhia que viria a ser o New York City Ballet, como é conhecido atualmente).
     Joseph H. Pilates editou dois livros: 1: Your Health - compêndio de filosofia - 1934; 2: Return to Life Through Contrology - exercícios no colchonete - 1945, com colaboração de seu amigo Willian John Miller.
    Nos anos 60, estudiosos de Pilates abriram seus próprios estúdios. Alguns se mantiveram fiéis a forma original (ortodoxa) dos ensinamentos, como Romana Kryzanowska, outros profissionais da primeira geração de discípulos, acrescentaram os seus próprios conhecimentos com os princípios que receberam, entre eles: Carolla Trier, Ron Fletcher, Kathy Stanford-Grandt, Eve Gentry e Bruce King.
   Joseph Pilates faleceu, em 1967 com 87 anos, em conseqüência de um incêndio na sua academia, na tentativa de salvar seus equipamentos, inalou uma quantidade excessiva de gases tóxicos. Clara continuou seu trabalho até 1977 quando veio a falecer.


Dra. Solaine Perini
Presidente da Associação Brasileira de Pilates



Joseph Pilates


Joseph Pilates
Joseph Pilates



Joseph Pilates
Joseph Pilates




       A abrangência das lições deixadas por Pilates chama mesmo a atenção. Vem de uma preocupação constante que guiou o seu trabalho: imprimir ciência à técnica. Toda a metodologia de Pilates parte do conceito de “centro de força” (ou power house). O termo, por ele criado, define a região central do corpo humano. “São os músculos da coluna, do quadril, das coxas e do entorno do abdome”, diz Aline Haas, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e instrutora certificada pela Pilates Method Alliance, dos Estados Unidos. “Eles são os flexores e extensores da coluna e do quadril e estão na musculatura profunda da pelve.” De acordo com os princípios preconizados por Pilates, fortalecer essa região é a melhor maneira de garantir uma boa sustentação para o corpo humano.


RECEITA
Lech é um dos médicos que indicam a prática aos pacientes


     Ao compreender o trabalho muscular realizado durante os movimentos, Pilates criou exercícios e aparelhos capazes de estimular os músculos, inclusive os mais profundos e em geral pouco acionados no cotidiano. Os resultados são tão impressionantes que têm ocupado o tempo dos cientistas. Parte deles está especialmente interessada em levantar mais do que transformações corporais que o método pode proporcionar. Querem conhecer as suas possíveis indicações terapêuticas. 
       E o que se descobriu até agora é alentador. Um exemplo: trabalhos demonstram que a técnica pode ser eficaz para a redução das dores, com efeitos animadores em casos de dor lombar e de fibromialgia (dor crônica sem origem aparente, mais comum em mulheres, e sentida em vários pontos do corpo). Um dos estudos pioneiros foi feito no Departamento de Medicina do Esporte e Reabilitação do Instituto Ortopédico Gaetano Pini, na Itália. Os pesquisadores recrutaram 43 pacientes com dor lombar. Parte deles fez Pilates, enquanto os demais foram submetidos ao tratamento da Escola da Coluna (método fisioterapêutico criado na década de 60). Ao fim de dez dias, quem praticou Pilates teve ganhos similares aos da fisioterapia tradicional, mas com uma vantagem: estava muito mais contente. Entre os que tiveram aula de Pilates, 61% declararam-se muito satisfeitos com a terapia, contra 4,5% entre os que foram submetidos à outra técnica.


RECURSO
Simone, do hospital Albert Einstein (SP),
usa a técnica na reabilitação de lesões
  
      Corrobora com o trabalho italiano a revisão proposta pelo fisioterapeuta Edward Lim, do Hospital Geral de Cingapura – a primeira sobre o tema. Lim reuniu sete pesquisas de diversas partes do mundo. Todas sobre o efeito do Pilates em pacientes com dores na parte inferior da coluna. A conclusão: o método é realmente válido para tratar o problema. “Mas os exercícios precisam ser estruturados para atender aos variados quadros clínicos dos pacientes”, disse Lim à ISTOÉ.
     Como o que ocorre com a dor lombar, o uso da técnica para casos de fibromialgia também vem ganhando respaldo científico. Em especial após a divulgação dos primeiros resultados de uma pesquisa realizada na Universidade de Uludag, na Turquia. A equipe acompanhou 50 voluntárias durante 12 semanas. Divididas em dois grupos, metade das mulheres frequentou aulas de Pilates e as demais foram orientadas a praticar exercícios de relaxamento e alongamento em casa. Enquanto o primeiro grupo relatou melhoras significativas na dor, o segundo teve alterações positivas bem pequenas.



CLÍNICA
No Hospital Brasil (SP), a fisioterapeuta Marta atende pacientes indicados por médicos

       As comprovações têm encorajado médicos a indicar a técnica a seus pacientes. “É um recurso muito útil, em especial nos casos de dor nas costas sem causa específica”, afirma o traumatologista e ortopedista Alberto Mendes, de São Paulo. “Além do alongamento e do equilíbrio postural, o Pilates faz um trabalho de fortalecimento muscular muito positivo, pois ajuda na sustentação da coluna”, diz o médico. O reconhecimento da importância do método também pode ser medido por sua incorporação pela fisioterapia. “Temos uma resolução que ampara o fisioterapeuta no uso do Pilates como recurso terapêutico”, diz Wiron Correia Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia.
     A chave para entender esses benefícios está em um dos fundamentos preconizados pelo alemão Pilates: o equilíbrio. “Quando as cadeias musculares estão em equilíbrio, há redução da dor”, explica Osvandré Lech, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia, que também indica o método. Pessoas em busca de redução da dor já formam um grupo comum nos estúdios. “Em 80% dos casos, nossos alunos vêm com esse objetivo”, conta Juliana Takiishi, coordenadora de Pilates do Centro de Bem-Estar Levitas, em São Paulo. Parte deles chega às aulas por conta própria. A outra, por recomendação médica.



  

     O fluxo de pacientes dos consultórios para os estúdios tem inspirado outra tendência: a oferta de Pilates dentro dos próprios hospitais. Na Clínica Mayo, centro de referência médica mundial, localizada nos Estados Unidos, o interesse nos benefícios que a técnica pode oferecer a pessoas doentes é tão grande que a instituição está realizando uma pesquisa para delinear melhor os ganhos obtidos. “Há um grande número de pessoas que tiveram câncer aderindo ao método”, informa a médica Daniela Stan, da instituição americana. A pesquisadora está concluindo um estudo com 15 mulheres, previsto para ser publicado no início de 2012. Durante três meses, as voluntárias participaram de aulas na instituição sob os olhos atentos de Daniela. “Há melhoria dos movimentos no lado do corpo afetado pela doença, assim como maior flexibilidade”, disse à ISTOÉ. “Também notamos melhora no humor e na satisfação com o corpo.”
     Outra instituição a oferecer aulas é o prestigiado M. D. Anderson Cancer Center, também nos Estados Unidos. Por lá, pacientes que têm ou tiveram tumor de mama podem usufruir de uma aula por semana, indicada para ajudar no controle dos sintomas, como dor e fadiga. Na Suny Upstate Medical University, em Siracusa (EUA), as indicações são mais amplas. “Usamos para ajudar na reabilitação de pessoas com problemas músculo-esqueléticos”, contou à ISTOÉ Karen Kemmis, fisiologista do exercício e responsável pelo serviço. “Se alguém, por exemplo, sofre com dor no ombro e minha avaliação mostra que essa pessoa não tem um bom controle do movimento nessa região, usamos o Pilates para melhorar os padrões de movimento, prevenindo a ocorrência de mais prejuízos na área”, explicou.





     No centro americano, o método é utilizado ainda para auxiliar na reabilitação de portadores de doenças neurológicas. “Entre eles estão indivíduos com doença de Parkinson e que sofreram acidente vascular cerebral”, contou Karen. Nesses casos, além de contribuir para a melhora de movimentos prejudicados, estimula a habilidade de concentração.
     A tendência de implementar estúdios em hospitais já começa a ser vista também por aqui. Exemplos são os hospitais Brasil, Integrante da Rede D’Or, e Albert Einstein, ambos em São Paulo. “Usamos como continuidade do tratamento ortopédico em pacientes que tiveram alta”, explica a fisioterapeuta Simone Przewalla, do Albert Einstein.
   A instituição atende em média 20 pessoas por mês. “É uma atividade segura, que preserva bastante as articulações”, acrescenta Simone. A equipe responsável pelas aulas é formada apenas por fisioterapeutas. E o cuidado é intenso. “O médico nos manda uma carta dizendo o que o paciente tem, o que ele não pode fazer e quais objetivos devem ser atingidos”, diz a fisioterapeuta Marta Cordeiro Pereira, do Hospital Brasil. No Rio de Janeiro, a técnica está na lista das atividades sugeridas pela Clínica Cardiomex, coordenada por médicos especializados em medicina do esporte e cardiologia. “Entre outros benefícios, o Pilates reduz o estresse”, diz a cardiologista Isa Bragança.





    Mas não só o uso clínico do método tem merecido atenção dos cientistas. Responder a perguntas ainda não esclarecidas na área do fitness também é objeto frequente das pesquisas. Quem busca o Pilates apenas como uma forma de malhação vê na prática um modo de ganhar força e flexibilidade. E, claro, melhorar a definição da área abdominal. Mas será que isso pode mesmo ser atingido? De acordo com os pesquisadores que têm se dedicado a estudar a prática, sim. E a boa notícia é que os resultados aparecem pouco depois das primeiras aulas. Foi a conclusão à qual chegaram pesquisadores do Centro de Saúde da Turquia. Ao acompanhar um grupo de 38 mulheres sedentárias, eles perceberam que cinco semanas após o início das aulas o corpo já respondia aos estímulos dados pelos exercícios. Nas 21 voluntárias submetidas à técnica houve aumento da força nos músculos abdominais e melhora na flexibilidade. Pesquisa semelhante realizada na Universidade do Estado do Colorado (EUA) constatou esses mesmos ganhos entre voluntários de meia-idade. “E os benefícios foram percebidos com a prática de exercícios de intensidade relativamente baixa, que podem ser realizados sem aparelhos”, anotou no estudo June Kloubec, coordenadora do trabalho.
    Mas há o outro lado da moeda. Após testes realizados para o Colégio Americano de Medicina do Esporte pela pesquisadora Michele Olson, da Universidade de Auburn, no Alabama (EUA), acendeu-se o alerta vermelho para a crença de que o Pilates pode ser usado como método de emagrecimento por si só. O que Michele constatou foi que a queima calórica das aulas da modalidade é baixa. No nível básico, uma hora de Pilates equivale a menos de 200 calorias. “Pilates é um treino de força e resistência”, disse Michele à ISTOÉ. “Se a pessoa quer queimar calorias, o melhor é praticar corrida ou spinning”, acrescentou. Isso não significa dizer, porém, que é preciso trocar o estúdio pelo tênis. O Pilates pode ajudar a emagrecer. “Ao começar a praticar, o aluno percebe mudanças positivas no corpo, como força, alinhamento postural, menos dores”, diz a fisioterapeuta Kátia Pinho, do Studio Airmid, de São Paulo. “Sua autoestima aumenta muito, o que é fundamental para iniciar um programa de emagrecimento.”
     Além disso, ele contribui para manter o peso. O trabalho muscular aumenta a massa magra no corpo que, por sua vez, potencializa o consumo calórico do organismo. Na prática, quer dizer que ganhar músculos (e para isso o Pilates é muito válido) aumenta a quantidade de calorias consumidas pelo corpo para manter-se, pois as células musculares gastam mais energia para funcionar do que as células de gordura. Mais uma das qualidades do Pilates.










OS SEIS FUNDAMENTOS QUE REGEM A TÉCNICA SÃO:

1- RESPIRAÇÃO

Deve ser coordenada com o movimento. Expira-se nos momentos de esforço usando a musculatura profunda do abdome, o assoalho pélvico e os músculos eretos da coluna. 

Isso permite uma melhor sustentação lombar   e pélvica e o relaxamento da musculatura acessória dos ombros e do pescoço (reduzindo a tensão nessas áreas).

2- CENTRALIDADE

Consiste no fortalecimento dos músculos do power house por meio dos movimentos e da respiração.

3- CONCENTRAÇÃO 

Pensar nos músculos acionados é importante. Isso estimula o sistema nervoso central a enviar mais impulsos nervosos para a área.

4- CONTROLE 

Deve-se ter um padrão suave de movimentos. Eles são controlados pela mente.

5- PRECISÃO

Durante a prática, os exercícios devem ser realizados de forma controlada e eficaz, no ângulo. 

6- FLUIDEZ

Os movimentos devem ser contínuos e ritmados. 









FONTES:  http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/164519_A+FORCA+DO+PILATES/2
                http://www.abpilates.com.br/site/template.asp?idPagina=39